Um caboclinho de fibra de talento e de opinião
Namorava escondido a filha do seu patrão
Mas o velho descobriu e lhe chamou atenção
Dizendo: - a minha filha é uma flor em botão
Que vive num vaso nobre
É flor que um moço pobre no vai poder pôr a mão
O caboclinho ficou da cor do sol de verão
Puxou a faca da cinta e fez um risco no chão
E falou pra sua amada consulte o seu coração
Se quiser casar comigo pule o risco da paixão
Pra longe vamos partir
E quem tentar impedir tem que ser bão no facão
O velho coçou o queixo pensou mas não reagiu
Levando a mulher amada o caboclinho partiu
Se casou na capital e a sorte lhe seguiu
Estudando e trabalhando se formou e progrediu
O velho arruinou a vida
Com mulher, jogo e bebida a riqueza destruiu
Sabendo que na pobreza o sogro estava jogado
O caboclinho voltou ao lugar que foi criado
Comprou a grande fazenda onde ele foi maltratado
Entregando para o sogro disse: - deixo aos seus cuidados
Mudou a regra do jogo
Agora além de sogro o velho é seu empregado